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ESCOLA FADDA BJJ - TÍTULO DE UTILIDADE PÚBLICA - LEI 892 de 1957 / AEF: 030 - CBJJ: 4858

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2023

CENTO E TRÊS ANOS DE
OSWALDO FADDA
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...Ainda se especula sobre as origens do jiu-jitsu no mundo. Recentes achados históricos no Egito datado de 3.300 A.C demonstram que a arte de lutar sem armas já era praticada bem antes da era samurais e Monges. Entretanto, é correto afirmar que o jiu-jitsu foi organizado como arte marcial e filosofia no Japão. Praticado no Brasil desde 1908 por oficiais da Marinha e convidados, a suave arte encontrou no subúrbio de Bento Ribeiro através de um ex fuzileiro naval e seus amigos...
Conheça agora a história daqueles que foram os precursores do jiu-jitsu inclusivo e adaptado. A primeira família de Jiu-Jitsu a desafiar os Gracies e sua hegemonia no jiu-jitsu...Conheça a historia dos Faddas!                                      

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A história da Família Fadda

A FAMÍLIA FADDA E SUA HISTÓRIA

Sob pesquisa e gestão de Alexandre Paiva

Relatado e Transcrito por Tiago S. Maia

Publicado cronicamente e adaptado pelo Professor Alexandre Paiva

 

Filhos do imigrante italiano “Battista”, os irmãos Humberto, Oswaldo e Guilherme Batista Fadda, que referenciamos na história da construção do Jiu-Jitsu Suburbano Fadda, são a primeira geração de imigrantes Fadda nascidos no Brasil. Referenciamos também nesta árvore genealógica familiar as três irmãs: Juracy Fadda, Doralice Fadda, e Dorcilia Fadda que nos estados de Minas Gerais e aqui no Rio de Janeiro constituíram família e também sua história.

O supracitado núcleo familiar originou na cidade de Ardauli, Itália e imigrando ao Brasil iniciaram suas vidas na cidade de Conselheiro Lafaiette, Minas Gerais.

O imigrante italiano Giovanni Fadda, oriundo de uma família enraizada no trabalho, sacrifício, e determinação encontrou no Brasil a oportunidade de oferecer melhores condições a sua família. Giovanni Fadda trouxe junto a si da Itália, sua esposa Maura Fadda, e seus três filhos:  Salvatore Fadda, Maria Francisca Fadda e “Battista” o mais novo da família. Todos nascidos na cidade de Ardauli, província de Oristano,  região Sardenha, na Itália.

Tal viagem se deu para o Brasil em 1897 ao meio de significativas mudanças sociais na Europa e em uma proposta de esperança de trabalho e estabilidade no Brasil. A viagem se deu a partir da cidade de Ardauli, bem no centro da Sardenha, até o litoral, provavelmente Cagliari, onde pegaram um navio que os levou até Genova.

Embarcados no navio a Vapor de nome “Alacrità” na Itália, chegaram ao Brasil pelo porto do Rio de Janeiro em 29 outubro 1897. Depois de uma dura travessia pelo oceano atlântico com a esperança de um novo começo os Faddas não tiveram descanso. Nessa época, os filhos, Salvatore tinha 14 anos, Maria 12, e “Battista” com 8. Registramos que a Josephina, última filha do casal, nasceu em MG em 1902.

Mal chegando no Rio de Janeiro, ao desembarcar no porto continuaram sua trajetória até o dia seguinte, 30 outubro 1897. Partiram direto longa jornada em rumo ao Estado de Minas Gerais, pois somente lá encontrava-se uma hospedaria própria ao recebimento dos Italianos chegados ao Rio de Janeiro. A família deu entrada na Hospedaria de Imigrantes em Juiz de Fora, Minas Gerais. Nesta data todos descansaram pensando em  iniciar a busca pela estabilização no novo mundo.

Depois de 1 mês e 3 dias de estadia, a família conseguiu ser contratada para trabalhar em Queluz, Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais e partiram para lá em 3 dezembro 1897. Chegando a uma nova cidade sem nenhum referencial de relacionamento ou parentes locais, é destacado o sucesso da recém-chegada família Fadda.

Devido a grande simpatia e prestatividade dos novos italianos imigrantes, sua proatividade logo lhes logrou êxito. Por este motivo os Faddas foram requisitados ao trabalho que lhe proporcionaria estabilidade. A natureza da cultura italiana e o perfil da família Fadda, fê-la rapidamente integrar a cultura local, facilitou o contato com os brasileiros nas relações humanas intersociais. Para eles, nesse novo e desconhecido mundo,  lhes favoreceu a estabilidade no estado de Minas Gerais. Entretanto, um dos filhos de Giovanni se destacaria ao retornar ao Rio de Janeiro, este era “Batistta” o mais jovem dos irmãos.

O filho mais velho de Gionanni, Salvatore imediatamente transformou abrasileirando seu nome de para “Salvador”, Giovanni o Patriarca se tornou “João” para se integrar melhor também. Maura, esposa de Giovanni “João” mudou  para “Maurícia”. O filho mais novo “Battista”, traduziu seu nome para também para "João" pois era a forma de mais se aproximar dos brasileiros. “Battista” passou a se chamar João Baptista, pois não se chamava ninguém de Batista se este não fosse “João” seu primeiro no nome. Costumes brasileiros da época, ou seja, todo o Batista era JOÃO obrigatoriamente. Era comum abrasileirarem os nomes, transformavam Luca para Lucas, Francesco para Francisco, Giovanni para João, Giuseppe para José e etc.

Já quando um nome não tinha tradução eles adotavam um nome mais parecido. Por exemplo, a bisavó da esposa de nosso orientador Tiago S. Maia, se chamava Rocca, mas no Brasil ela mudou para Raquel.

Neste processo podemos verificar as vezes o nome Fadda ser escrito com um único “D”, ou seja, Fada, e que na família alguns não tem o “P” em BaPtista. Tudo se seu pela adequação aos novos conceitos culturais da época e principalmente erros de grafia mesmo, uma hora era de uma forma outra de outras, isso conforme o responsável por escrever entendia o que se falava.

Por tal motivo verifica-se grande injustiça em levar ao pé da letra os nomes e formas de se falar ou escrever os termos nestes períodos como se fossem a verdade absoluta e irrevogável. Esquecem que as transcrições orais e momentos vividos e relatados sem recursos gráficos tem grande valor de referencias.

 

No Rio de Janeiro foi delegada a responsabilidade da família à “Battista” “João Baptista Fadda” (Avô, do ainda vivo Hélio Fadda, pai dos saudosos irmãos Humberto, Oswaldo e Guilherme Fadda).

 

ARVORE GENEALÓGICA FADDA

 

SALVATORE FADDA (tataravô):

Pai de Giovanni Fadda, Salvatore Fadda era casado com Francesca Zaru.

 

GIOVANNI FADDA (bisavô):

Pai de JOÃO BAPTISTA FADDA – “Battista”, Giovanni foi o responsável de trazer todos ao Brasil. Nasceu por volta de 1854 em Ardauli, Oristano, Sardenha, Itália. Em 16 dezembro 1883, Giovanni na Itália casou com Maura Loi, filha de um homem também chamado Giovanni, de sobrenome Loi e Damiana Carboni. Sua união gerou o sobrenome de BATTISTA de Damiana Carboni, e FADDA de Salvatore pai de Giovanni. O casal teve pelo menos 9 filhos. Até o momento são verificados o registro de 8 filhos nascido na Itália; e 1 no Brasil.

 

JOÃO BAPTISTA FADDA (avô):

Também imigrante junto aos pais, era filho de Giovanni “João” e Maura “Maurícia”. Ao chegar no Brasil com 08 anos, na família era chamado e conhecido como “Battista” (que posteriormente seria adaptado à João Baptista). Nasceu no dia 7 abril 1889 em Ardauli, Oristano, Sardenha, Itália. De acordo com seu registro de nascimento (No. 17) nasceu na casa da família que ficava na Via Parrochia.

Casou com Adelina Josephina Bonzada, filha de Basilio Bouzada e Josephina Padula e gerou os filhos supracitados. “Battista”  faleceu, com 43 anos, no Hospital São Sebastião em 13 novembro 1931 em consequência de otite supurada meningite aguda, sob registro de óbito 4912 e foi sepultado no cemitério São João Batista / RJ. “Battista” era Cabo da Polícia Militar e atuava na Segurança Pública de Bento Ribeiro no Rio de Janeiro no policiamento comunitário da região .

 

OSWALDO BAPTISTA FADDA:

Neto paterno de Giovanni Fadda e Maurícia Loi. Seu pai João Baptista Fadda “Battista” em 10 de agosto de 1920, com 31 anos e sua esposa Adelina Josephina Bouzada, com 26 anos, moradores da Rua Gita 31 em Bento Ribeiro,  registraram seu filho Oswaldo Fadda. Nascido ás 21:00hs do dia primeiro de Agosto de 1920, sendo registrado no dia 10 de agosto, sob registro 1605 do livro de registro de nascimento página 172, filho de João Baptista Fadda e Adelina Josephina Bouzada Fadda. Oswaldo Fadda, casado com Izélia Fadda sâo pais de Oswaldo Fadda (Vavà) e Rosa Fadda, esta, mãe de Renan Fadda.

HUMBERTO BAPTISTA FADDA:

Filho mais velho de  João Baptista Fadda “Battista” e Adelina Josephina Fadda era Neto paterno de Giovanni Fadda e Maurícia Loi, Humberto nasceu na Rua Gita nº 31 - Bento Ribeiro, suburbio do Rio de Janeiro em 19 de Maio de 1915. Humberto Fadda é pai de Hélio Batista Fadda, este, pai de Helio Santos Fadda (Xuxo).

GUILHERME BAPTISTA FADDA:

Irmão mais novo de Oswaldo e Humberto, o casula de João Baptista Fadda e Adelina, também nasceu na Rua Gita nº 31 - Bento Ribeiro. Era artista plástico e graças a genealidade em criar elementos gráficos e literatura projetou o nome Fadda através de livros e simbolos que marcam a vida de Oswaldo Fadda.

Adendo histórico: Registra-se que a trisavó de nosso familiar pesquisador Tiago S. Maia, destaca a Srª. Maria Grazia Masala, que vivia em Abbasanta à 13km da Via Parrochia de Ardauli, coincidentemente em 1902  viveu em Queluz, Conselheiro Lafaiete em que os patrícios da Sardenha ocupavam no Brasil com o dever de destacar nesta história da família o Sr. Silvio Puxeddu e a Srª. Maria Grazia Masala, que viviam na mesma pequena cidade junto a chegada e estadia dos primeiros Faddas no Brasil. Graças a todo empenho destes patrícios que pudemos conhecer um pouco mais sobre os Faddas. Isso sim é prova de amizade e carinho entres as famílias italianas da época.

Dados Bibliográficos: Compêndio Endurance - A vida e morte do jiu-jitsu, que foram obtidos através das pesquisas e empenho magistral de nosso amigo e professor

SGT Tiago S. Maia

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INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE A FADDA BENTO RIBEIRO E SUAS REPRESENTAÇÕES:

Herdeiros Genéticos do Jiu-Jitsu de Fadda: Grande Mestre Hélio Batista Fadda - Faixa Vermelha 9º Grau / Hélio Santos Fadda (Xuxo) - Faixa Preta 4º Grau / Renan Fadda Casanova - Faixa Preta 2º Grau / Oswaldo Fadda "Vavá" - Faixa Roxa.

Principais Faixas Pretas:  Mestre Amauri do Espirito Santo - Faixa Coral 7º Grau, Prof. Alexandre Paiva - Coral 7º Grau, Prof. William Caitano - Faixa Preta 3º Grau alunos diretos de Hélio Fadda.

Atuais Mestres Faddas presentes na Fadda de Bento Ribeiro: Mestre Alexandre Paiva - Faixa Coral 7º grau / Mesrte Marcos Costa - Faixa Coral 7º Grau / Mestre Celso Pereira - Faixa Coral 7º Grau / Mestre Ricardo Egídio - Faixa Coral 7º Grau / Mestre Carlos Alberto - Faixa Coral 8º Grau / Mestre Aldemir Tavares - Faixa Coral 8º Grau / Mestre Genilson da Costa - Faixa Coral 7º Grau / Mestre André Vianna - Faixa Coral 7º Grau / Mestre Aristeu Mesquita - Faixa Coral 7º Grau / Metre Célio Caneca - Faixa Coral 8º Grau / Mestre Claudio Marculino - Faixa Coral 7º Grau / Mestre Sergio Bastos - Faixa Coral 8º Grau / Mestre Willes Lucas Filho - Faixa Coral 7º Graº grau / Mestre Pedro Ferreira - Faixa coral 7º grau /  Mestre Robson Bandeira - Faixa coral 7º grau.

Grandes Mestres Fadda presentes na Fadda de Bento Ribeiro: Grande Mestre Paulo Gomes - Faixa Vermelha 9º Grau aluno do Mestre Chandú / Grande Mestre Nilton Pereira - Faixa Vermelha 10º Grau, aluno do Professor Jurandir Gimenes Lando / Grande Mestre Osório Dias - Faixa Branca 10º Grau, aluno de Oswaldo Fadda / Grande Mestre João Rezende - Faixa Vermelha 10º Grau, aluno de Olandi Pinto Fachada / Grande Mestre José Higino - Faixa Vermelha 9º Grau, aluno de Aderbal Baptista.

O Grande Mestre Oswaldo FADDA

     Oswaldo Baptista Fadda, carioca, nascido em 01/08/1920, no subúrbio do Rio de Janeiro no bairro de Bento Ribeiro, descendente de italianos, filho de João Baptista Fadda e Adelina Josephina Batista Fadda. O Mestre Fadda tinha como irmãos Humberto Fadda e Guilherme Fadda. Cresceram sob uma educação muito rígida, disciplinar e genuinamente ligada a servir a sociedade como um exemplo de cidadão e orgulho da família.  Destacamos que o pai de Fadda, Sr. João Baptista atuava como militar da segurança pública local da Região de Bento Ribeiro, era um Policial de Vigilância que cuidava do bem estar de todos os moradores e visitantes do bairro. Nessa época o policiamento comunitário era muito comum e os policiais faziam parte da vida das famílias locais. Devido essa herança, toda a família era muito querida  e Oswaldo Fadda e seus irmãos destacavam-se por refletirem as características do pai, pois eram homens generosos e conhecidos por serem atenciosos, modestos, solidários e comunicativos. A história de Oswaldo Fadda tem como marco as Artes Marciais. Fadda foi o primeiro a iniciar o Jiu-Jitsu sem ser um Gracie na região, foi pioneiro da arte no Rio e adjacências do subúrbio da Zona Norte e Oeste.

Seguindo o exemplo de generosidade familiar e de cuidados aos populares herdado por seu pai, logo após conhecer o Jiu-Jitsu nas Forças Armadas, o jovem Fadda ficou conhecido por iniciar ensinando gratuitamente para pessoas mais carentes e sem a oportunidade de praticar o caro, desconhecido e inacessível Jiu-Jitsu. Sua prática era monopólio da seleta família Gracie nessa época (Anos 40) na região mais nobre da cidade. Teve como um dos seus primeiros alunos, seu irmão Humberto Fadda e Alexandre de Souza Neves – Chandú. Este, o mais nobre aluno de Fadda, foi o 1º e único faixa vermelha Grande Mestre formado por Oswaldo Fadda ainda vivo.

Antes da sua história com o Jiu-Jitsu, os primeiros passos de Fadda no mundo das lutas foi na "Nobre Arte", ou seja, no boxe, através do campeão Baltazar Cardoso. O Jiu-Jitsu, o Judô, dentre outras lutas nipônicas não eram conhecidas amplamente e as opções de luta mais acessíveis eram tão somente a Capoeiragem ou o Boxe.

Fadda em 1938, por volta de seus 17 anos, ao ingressar no Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, na Fortaleza de São José, Ilha das Cobras - RJ, iniciou seus treinamentos militares de Defesa Pessoal, vindo posteriormente a saber que foram baseados no Jiu-Jitsu japonês, amplamente difundidos e implantados por iniciativa dos militares brasileiros através de reconhecidos professores japoneses, entre eles destacamos a influência do Conde Koma - Mitsuyo Maeda, Takeo Yano, Sada Miyako entre outros que  atuaram na Marinha.

Ao ingressar na Marinha como Fuzileiro, Fadda conheceu o Mestre Luiz de França, este, também treinado sob direção de Mitsuyo Maeda e também influenciado pela história dos japoneses que estiveram  na Marinha anteriormente (Sada Miyako - Primeiro professor de Jiu-jitsu no Brasil - 1908)). Posteriormente de forma direta (Takeo Yano - 1936) também é citado como Instrutor de lutas no CFN, em que provavelmente esteve participante na história. Ainda muitos outros praticantes de artes marciais com que procurou conhecer e treinar.

França foi o mais influente difusor das artes de lutas, e em especial, o  Jiu-Jitsu na Marinha, desenvolvendo a prática das lutas de combate corpo a corpo e o Jiu-Jitsu militar na elite dos Fuzileiros, as aulas de Combate Militar Corpo a Corpo de Defesa e Ataque que haviam sido repassadas no ambiente militar, corroborando aos conhecimentos adquiridos junto a outros japoneses e praticantes da época.

Com grande conhecimento e experiência previamente obtida, o Instrutor de Lutas militar Luiz de França visitou grandes academias, inclusive a Gracie, representando-a algumas vezes pois somente a Gracie representava exclusivamente o jiu-Jitsu. Fato este que fez até alguns mal informados pensarem que França era aluno dos Gracies, em que na verdade ele já tinha vasto conhecimento do Jiu-jitsu e buscava locais para treinar, entretanto isso nunca fez de França um aluno da Gracie, e sim um colaborador, já que não tinha academia formal, era convidado a defender a bandeira do Jiu-jitsu. Chegou até ser citado equiocadamente por um dos periódicos da época, onde o aluno Dupont, visando dar credibilidade a sua graduação, que França era o melhor atleta da Gracie referindo-se as disputas que França representou.

França além de treinar várias outras  lutas, incluisive boxe e luta livre, muito populares na época,  adquiriu experiências que versatilizaram seu estilo e o destacaram em todos os locais que haviam esportes de combate. Tal interação complementava todo sistema que viria a ser ensinado a Fadda. Seguiu o exemplo de Maeda que também aprendeu outros estilos.

(Fontes Bibliográficas: Endurance - A vida e Morte do Jiu-Jitsu)

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“Desejamos desafiar os Gracie, respeitamo-los como incomparáveis adversários, porém não os tememos. Disponho de 20 alunos para os encontros.”

    Mitsuyo Maeda, nascido em 18 de novembro de 1879, um pouco antes da primeira guerra mundial, chegava ao Brasil chefiando uma delegação dos imigrantes japoneses Satake, Laku, Okura e Shimitsú dentre outros. O grande mestre, campeão mundial, ESEI (Kosei*/Sensei*) MAEDA, é visto como pioneiro e introdutor do Jiu-Jitsu popular em nosso país, depois de percorrer todo o mundo, mostrando o Ju-Jutsu aprendido com Tomita e Yokoyama, lecionou o Judô de Kano / Kano Ju-jutsu, mas não se contentou somente com essa ramificação do Ju-Jutsu. Fez desafios e obtendo vitórias incontestáveis contra todas as modalidades de luta. Por falta de divulgação deste esporte entre nós, seu trabalho não chegou a despertar grande interesse. Somente no estado do Pará. Lecionando o verdadeiro jiu-jitsu a um pequeno grupo de brasileiros, teve como seus discípulos destacando-se na época o jovem CARLOS GRACIE. Mitsuyo Maeda, ou Conde Koma, como era conhecido, chegou ao Brasil nos anos compreendidos entre 1914 e 1917 por duas vezes em atenção a região Sudeste/Sul e por fim na região Norte, onde conheceu a família Gracie, destacada nos relatos  do Jiu-Jitsu Brasileiro e sua construção. Através de França, fez uma grande contribuição na formação técnica da mais conceituada instituição  militar brasileira. Junto a outros grandes representantes japoneses, contribuiu para a DEFESA PESSOAL no Corpo de Fuzileiros Navais, baseada totalmente no Ju-Jutsu trazido pela Marinha Brasileira em 1908, através das ordens do Alm. Alexandrino no navio escola Benjamim Constant, que do Japão trouxe o mestre de jiu-Jitsu Sada Miyako e seu auxiliar Kakihara para ensinar aos militares brasileiros (Fonte: 100 anos de esporte na Marinha do Brasil -  CEFAN/CDM); 

Sada Miyako antecedeu Maeda muitos anos antes, mas não levou a arte a difusão, entretanto, Maeda causou destaque nos resultados na formação profissional da Segurança Nacional Brasileira através de França na Marinha, e no mundo civíl através da familia Gracie. A influência de Maeda, deu suporte para que  nos anos 60, Navais (praticantes de jiu-jitsu de origem desconhecida, por se tratar do jiu-jitsu de Marinha) fossem convidados para participar de disputas de combate contra capoeira, Boxe e Briga de Rua. Sem bandeira destacavam-se os Fuzileiros Navais... sem equipe... sem arte marcial...

Aos moldes do mais moderno Catch norte americano, Maeda preparava o início da esportização dos combates tipo vale tudo, através dos desafios públicos e anunciados nos periódicos da época. Chegou atér montar um grande espaço de eventos para isso. Maeda iajou todo o mundo demonstrando suas técnicas de combate desafiando a todos. Sob o patrocinio do governo japonês que ao direcionamento de Kano a fim de diulgar o judô enviava Maeda para todas as partes do mundo.

Maeda incentivava seus alunos Jacinto Ferro, Donato Pires dentre outros a promoverem  desafios públicos. Estes tomaram poularidade e o jiu-jitsu sem kimono contra outras lutas, inclusive alguns  valendo golpes traumáticos davam a realidade da eficácia do jiu-jitsu de Maeda.

No futuro já nos anos 1960, chamou-se LUTA LIVRE DE JIU-JITSU, com regras mais direcionadas ao esporte e melhor aceitação do público. O àpice foi quando chegou a TV brasileira (Vale Tudo  dos Arquivos do Capitão Furacão TV Globo e Herois do Ringue - TV Continental e TV Tupi) e Maeda não esteve vivo para presenciar o sucesso de suas investidas.

Não se tem um registro oficial da passagem de Maeda no CFN, entretanto, entre as fileiras da tropa se destaca sua valorosa contribuição, bem como, muitos outros japoneses que informalmente compuseram a estrutura da Defesa Pessoal Militar. Mitsuyo Maeda, Conde Koma, casou-se, teve uma filha chamada Clívia e  faleceu em 28 de novembro de 1941 no norte do Brasil, solicitou cidadania brasileira e passou a se identificar com o nome de OCTÁVIO MAEDA.

Seu jazigo ainda se encontra na cidade de Belem no Estado do Pará. Recebe até hoje visitas de diversas de admiradores nacionalidades.

(Fontes Bibliográficas: Endurance - A vida e Morte do Jiu-Jitsu)

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  Desde os primórdios do Jiu-Jitsu no Brasil (1908 - Intercâmbio Brasil / Japão), verificou-se que para o militar, esta arte era muito eficaz no aprimoramento dos combates. A padronização dos uniformes, condutas disciplinares militares, importância obrigatória do treinamento tornou a prática do Jiu-Jitsu Militar e Defesa Pessoal algo muito comum nos treinamentos diários e também nas escolas de formações profissionais militares.

   A Marinha investiu nesse contexto, com recursos de "Caixões de Areia" salas com tatames de palha de arroz, tempo para a prática e sem necessitar o uso de kimonos, pois a farda (Caqui e Gandola) se assemelhavam ao kimono utilizado no Jiu-Jitsu.

   A Marinha tomou o seu formato de Defesa Pessoal Militar e no decorrer das inúmeras aulas de Ataque e Defesa , França encontrou em Fadda a oportunidade de ensinar o Jiu-Jitsu ensinado pelos japoneses no Brasil e muitas outras performances adaptadas para o militar.  Por se tratar de um aluno muito disciplinado e dedicado, destacou-se dentre os outros alunos FuzNav e acabou tornando-se um dos poucos a entender o sentido real e aplicabilidade do Jiu-Jitsu para sua vida. O carioca Oswaldo Fadda destacava-se dentre outros professores formados por França devido ao seu trabalho com os mais necessitados e os deficientes. Fadda acreditava que o Jiu-Jitsu, além de igualar as pessoas, poderia ajudar na cura e recuperação de muitos males da saúde física e emocional.

   Creditamos parte das iniciativas filantrópicas ao fato de que além de Mestre de Jiu-Jitsu, Fadda também era Mestre da fraternidade Maçônica. Como Maçom apresentava seu título através de sua assinatura que destacava ao final os três pontos das escolas maçônicas que visava a Vontade, Amor e Inteligência e ainda uma conduta muito contundente aos valores éticos e morais para uma sociedade Justa e Perfeita.

   Nosso querido Mestre Fadda faleceu em Bento Ribeiro no dia 1 de Abril de 2005 com 84 anos. Durante toda sua vida dedicou-se ao Jiu-Jitsu e ao bem estar social através do esporte. No dia 12 de agosto de 2020 foi homenageado pela Cidade do Rio de Janeiro, através da iniciativa da    Câmara de Vereadoresr que lembrou a importância de Fadda para a história do Brasil.

   A Academia Fadda de Bento Ribeiro, todos os seguidores Faddas e a família foram presentemente agradecer e inaugurar uma das maiores áreas públicas da Barra da Tijuca, a Praça Grande Mestre Oswaldo Fadda, localizada na Avenida Vice Presidente José de Alencar, na Cidade das Artes Marciais, na arena  olímpica da Barra da Tijuca. Tal homenagem foi acompanhada por todas as entidades dos esportes de luta e marcou a história dos Faddas, pois contou ainda com a presença do cônsul-geral adjunto do Japão no Rio de Janeiro, Hiroshi Teramichi dentre outras celebridades das artes marciais.

   O mais antigo prédio de Jiu-Jitsu Brasileiro do planeta até hoje está exatamente em Bento Ribeiro, no mesmo endereço a mais de 60 anos de Pé e a Ordem.

   No mesmo local desde sua fundação, na Rua João Vicente, 1.191 - Bento Ribeiro resiste ao tempo e as marcas de todas as iniciativas de Oswaldo Fadda em guardar ao mundo a esperança do Jiu-Jitsu que muda a vida das pessoas.

   Sob iniciativa de restauração e gestão do Professor Paiva a Academia Bento Ribeiro está no comandando o lendário Helinho Fadda, que nasceu na Academia Fadda e  desde os 07 anos deu seus primeiros passos no Jiu-Jitsu. Agora uma lenda viva é, como seu pai e seu tio, um Grande Mestre 9º Grau faixa vermelha honrando a Academia de sua família que leva o seu nome também, EQUIPE FADDA BRAZILIAN JIU-JITSU.

   Junto aos discípulos e professores mais antigos William Caitano e Alexandre Paiva, gerenciam a administração da equipe junto ao Mestre Celso Pereira e Junior Freitas, procurando receber a todos que procuram no Jiu-Jitsu um meio de viver melhor. 


(Texto de Alexandre Paiva: Fontes Bibliográficas: Endurance - A vida e Morte do Jiu-Jitsu)

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Luiz de França Filho

Reservamos a família de Luiz  de França e principalmente  ao Sr. Prof. RAFHAEL SAMPAIO LOPES os méritos de conquista desta imagem para que todos reconheçam o valor do trabalho, empenho e pesquisa deste nobre combatente. 

      Luiz de França Filho: Nascido no estado de Alagoas em 02/06/1910, filho de Luis José de França Belem e Maria José de França, ingressou na Marinha do Brasil como militar Fuzileiro Naval, foi o precursor da história de Fadda, O Cabo França, aprendera inicialmente com Maeda e outros seguimentos não registrados formalmente, os mais nobres segredos da arte marcial japonesa Ju-Jutsu e na Marinha, inclusie resgistra-se a participação de Takeo Yano como instrutor na MB. Aproveitando os refinamentos do jiu-jitsu clássico e a defesa pessoal aplicada aos combates militares (Aulas de Defesa e Ataque). Seguindo a mesma linha de trabalho de Sada Miyako, Maeda, Geo Omori, Nagashima, dentre outros, que através  de França colaboraram para o desenvolvimento dos militares da Marinha do Brasil com as as  técnicas de auto defesa, já que França era formado em uma arte marcial completa em todos os sentidos e extremamente proficiênte no combate militar. França, ao chegar no Rio de Janeiro, procurou também estabelecer treinamentos nas academias locais. Verificou que a única academia que trabalhava com o Jiu-Jitsu era a Academia Gracie. Nesta se  apresentou, e como tinha prévio conhecimento de lutas, inclusive destacando-se o Boxe Inglês, devido a ecleticidade dos conhecimentos no combate corpo a corpo através do jiu-jitsu fez amizades com a família. Como destacado Fuzileiro Naval, instrutor de lutas e praticante de Jiu-Jitsu, foi convidado a lutar publicamente, onde por muitas vezes representou e ajudou a família Gracie representar o Jiu-Jitsu e por vezes lutava em nome da Marinha. Devido a tanta proximidade com a representação do nome Gracie alguns periodicos associavam a equipe e consideravam-o aluno de Hélio. França que já era profundo conhecedor do Jiu-Jitsu de Maeda e Yano, e ainda contando com os pares Gracies, com a mesma herança, ajudara a desenvolver o reconhecimento do Jiu-Jitsu como arte marcial mais completa e eficaz, diferenciando-se das demais, já que ninguém no Rio de Janeiro defendia o Jiu-Jitsu. A grande verdade é que todos partiram para o Judô, menos a família Gracie. O judô e seus adeptos não participavam comumente dos combates e desafios da época, cabendo a família Gracie representar o Jiu-Jitsu, em que o judô decidiu seguir um caminho mais ligado ao esporte. Podemos ressaltar que nesta época, muito diferente de hoje, os praticantes de todas as lutas se encontravam frequentemente, ou para brigar, desafiar e até mesmo treinarem, desta forma construía-se o Jiu-Jitsu que vemos hoje, destacando-se as Lutas Livres de Jiu-Jitsu (vale tudo) como base para os desafios entre as artes. Com muito conhecimento a ser passado, França ensinava todos no atual Distrito Naval, outrora também conhecido por Fortaleza de São José, Ilha das Cobras - RJ. Posteriormente nos Grupamentos Anfíbios, Navais e formação de Recrutas os princípios da Defesa Pessoal e técnicas de combate corpo a corpo, mas de forma restrita como Defesa Pessoal e não Ju-Jutsu. O cabo Luiz França, mais destacado entre todos os FUZILEIROS NAVAIS da Marinha conhecedor do verdadeiro Ju-Jutsu tradicional japonês, com os mais nobres conhecimentos técnicos, litúrgicos e filosóficos da herança desta arte. Representava muito bem os conhecimentos da Defesa Pessoal ensinada pelos instrutores Japoneses. Sem nenhuma influência do Judô de Kano, e valorizando sobre tudo as raízes do Ju-Jutsu secular oriental. Maeda aplicou seus segmentos do Kobudô deixado pelos Samurais antepassados através de Yokohama e Tomita (Mestres da Kodokan). Graças a natureza militar do Cabo França em uma tropa de Elite exemplar, e a rígida disciplina em que era submetido no CFN, refletiria seus ensinamentos tradicionais da raiz oriental. França seguiu as orientações dos pioneiros japoneses. " Que ensinasse o verdadeiro Ju-Jutsu a quem pudesse transmiti-lo de forma a conquistar bons adeptos e verdadeiros Guerreiros de coração. Nos Fuzileiros Navais, o Jiu-Jitsu Militar encontrara França, e  o local ideal para desenvolver os mais nobres resultados. Seguindo a linha da Filosofia oriental repleta de liturgias, pronuncias originais da língua, conceitos básicos da hierarquia e disciplina, técnicas de Arremesso e Projeções, Técnicas de Amortecimento de Quedas, Técnicas de Maneabilidades de solo, Técnicas de Imobilizações, Técnicas de Chaves de Articulações e Musculares, Técnicas de Estrangulamentos, Técnicas de Defesa Pessoal, Técnicas de Golpes Traumáticos, Técnicas de Reanimação e ainda um vasto arsenal de informações e golpes que são guardados a sete chaves pelos Mestres da Academia Fadda de Bento Ribeiro. Fato este configurado no banimento nas competições de técnicas desconhecidas ao público em geral (Chaves de pé, perna, estrangulamentos de músculos...). O professor França, em 1982 faleceu ocupando o posto de Suboficial, ultimo posto em que um praça pode alcançar. Sua história como precursor e representante do Jiu-Jitsu, bem como, do sistema de defesa pessoal adotado no Corpo de Fuzileiros Navais, foi perpetuada entre os militares e unidades, não sendo registradas como atividades que faziam parte da administração esportiva ou pedagógica da Marinha. Por isso, informações sob forma de relatos históricos são transferidas uns aos outros por antigos alunos que se tornaram instrutores. Também podemos citar DUPONT SARAIVA, militar que acompanhou França e foi contemporâneo de Fadda na marinha, levou o jiu-jItsu de França para a região nordeste e difundiu com maestria o jiu-Jitsu de Marinha, e também o Sargento RAUL ARNÔ SPENGLER, vasto conhecedor do Jiu-Jitsu de Marinha deixado pelos antigos instrutores Miyako, Satake,Maeda, Yano e França, bem como, Ushimassa Nagashima, Vieira e George Omori. Ainda existe uma unidade Fadda, dentro do PROFESP e apoia o desenvolvimento do Jiu-Jitsu de Marinha no atual Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves - CIAMPA em Campo Grande - Rio de Janeiro. Esta unidade forma recrutas em soldados Fuzileiros Navais ainda preservando as raízes da Defesa Pessoal destacada no Jiu-Jitsu Militar dos anos 1930 ensinado por Luiz de França Filho. Podemos afirmar que a Marinha do Brasil, através do Corpo de Fuzileiros Navais, com os ensinamentos dos Mestres Japoneses, é o berço do JIU-JITSU no Brasil, e Luiz de França Filho junto a Marinha, a célula Mather do JIU-JITSU BRASILEIRO FADDA.

(Fontes Bibliográficas: Endurance - A vida e Morte do Jiu-Jitsu)

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      Em 1938, o SD. FN. SFL - 38.4745.65 - Fadda, aprendera na Marinha todos os conceitos ensinados pelo Instrutor de Defesa Pessoal CB-França, com muito empenho e disciplina destacou-se e assessorou o Instrutor, motivo este que estimulou França a ensinar as verdadeiras origens da Defesa Pessoal da Marinha. França dizia que Fadda seria um aluno de grande promessa para o desenvolvimento do Ju-Jutsu no Brasil, principalmente por verificar seu trato com os alunos, dedicação no desenvolvimento das técnicas e facilidade no processo ensino aprendizado. Como uma máquina de conhecimento, Fadda agrupara todo esse conhecimento, e estava pronto a dimensiona-lo pelo mundo. Em 1942, Luiz França resolve promover Fadda ao título de professor faixa – preta, como exemplo da metodologia filosófica japonesa. Despediu-se do serviço militar no ano de 1944 na Função de Soldado Fuzileiro Naval do Quadro Suplementar de Fileiras (SFL), permanecendo até 08/08/1944. Instalou seus objetivos de difundir os conhecimentos na região mais humilde da cidade acabou sendo reconhecido como precursor do Jiu-Jitsu na região mais humilde da cidade representando o Mestre Luiz de França. Sabendo do destaque de Fadda no mundo fora do quartel, o Professor França, agora bem orgulhoso de seu aluno, verificou que tudo que ensinara a Fadda destacava-lhe como um exemplo de cidadão e professor para muitos. Fadda começou a ensinar Jiu-Jitsu no subúrbio, em Bento Ribeiro, na cidade do Rio de Janeiro sob a superisão de França. Seus primeiros alunos foram Alexandre de Souza Neves (CHANDÚ), seu amigo, e Humberto Fadda (pai de Hélio Fadda), seu irmão. Suas aulas eram de portas abertas a todos os jovens, crianças e adolescentes que se interessassem, o pagamento era a rígida disciplina a ser obedecida, respeito aos pais e continuidade nos estudos. A Academia Fadda foi se tornando um grande referencial na região, não pela arte marcial Jiu-Jitsu, mas por servir de modelo e suporte educacional, sócio-humanitário tão carente na época, pois Fadda sabia que o Jiu-Jitsu ajudaria as pessoas mais humildes. Como o Jiu-Jitsu ainda não era muito conhecido como arte marcial e prática desportiva, Oswaldo Fadda, junto aos seus alunos e professores, viajava, e fazia várias demonstrações de lutas e acrobacias, não escolhia lugares, onde pudesse colocar seus tatames, ele estaria lá, e até mesmo muitas vezes sem tatames, no próprio chão duro. A trupe de Oswaldo Fadda cativava novos adeptos e surpreendia a todos, de todas as idades e culturas. Fadda se apresentava em todos os lugares, cidades do interior, favelaspraças públicas, praias, morros, circos, pátios de igrejas e clubes, visando à ampla expansão de sua prática possível a todos. Um verdadeiro show de habilidades disponíveis a qualquer um que estive disposto. Saltos sobre obstáculos mortais, desafios públicos, lutas contra adversários muito mais fortes e maiores, educação e cultura oriental apresentada através dos kimonos e cumprimentos, respeito, educação e dureza no combate. Um paradoxo que fazia do Jiu-Jitsu Fadda um referencial para os pais educarem seus filhos. Fadda era tão dedicado que fazia com tecidos de sacos de lona e algodão os kimonos de seus alunos mais necessitados. Sempre amigo e generoso ensinava inclusive a deficientes físicos, por muitas vezes criticado. Mas Torpedo e Aranha venciam. Fadda foi pioneiro na adaptação e inserção de deficientes físicos no contexto da arte marcial. Também dedicou todo seu entusiasmo no incentivo  aos seus alunos tornarem-se militares de destaque, tais como Paraquedistas ou Fuzileiros Navais. No histórico da Academia Fadda, pode-se ressaltar que mais de 80% de seus discípulos seguiram esta trajetória profissional. Até hoje, o perfil dos alunos e condutas na academia refletem esta memória militar.

(Fontes Bibliográficas: Endurance - A vida e Morte do Jiu-Jitsu)

    Por volta de 1947, Oswaldo Fadda, através da iniciativa e apoio de seu aluno e amigo Chandù, abriu sua Academia na Rua João Vicente , nº 1.155 e posteriormente, 1.191 - Bento Ribeiro e outros endereços que também foram a base da Fadda nos muitos intemperes ocorridos, porém a data exata da fundação da Academia Fadda de Bento Ribeiro é 27 de Janeiro de 1950, onde a academia apresentou o Jiu-Jitsu a esta região,e encontra-se  até hoje. O Jiu-Jitsu, já era amplamente desenvolvido pelos irmãos Carlos e Hélio Gracie na região Central e nobre da cidade. Ambos estilos do mesmo Jiu-Jitsu cresceram juntos, mas cada um com uma performance diferente, mais ainda assim basicamente iguais. A família Gracie muito conhecida e referenciada como representante do Jiu-Jitsu, por mais que conhecesse Oswaldo Fadda e sua família, desconsiderava a existência de uma outra fonte do Jiu-jitsu no RJ que não  fosse as ensinadas através da família Gracie. Foi quando em uma atitude ousada, em 1955 ( Fonte: Diário da Noite - Sexta 14/01/1955), o Grande Mestre Fadda, de forma respeitosa porém contundente, desafiou os praticantes Gracies a enfrenta-los em um combate de Jiu-Jitsu "Cara a Cara" entre seus alunos (Jornal em Destaque). Hélio Gracie viu a oportunidade de fazer com que seus alunos praticassem e competissem o Jiu-Jitsu, que não com seus próprios alunos lutando entre sí, algo que causaria certa estranheza. Hélio Gracie sempre gostou de desafios e desconhecia seus oponentes, aceitou, porém meio incrédulo em um Jiu-Jitsu que pudesse ao menos se aproximar do que era desenvolvido pela família. Já Fadda recebera com muita alegria e entusiasmo a oportunidade de trazer a tona uma outra visão do Jiu-Jitsu que não a Gracie. Eis  sobre seus ombros, a responsabilidade de realmente por em prática o Jiu-Jitsu Fadda com adversários a altura e igualdade da Arte Marcial. 20 alunos Fadda contra 20 alunos Gracie combateram esportivamente pela primeira vez na história do Jiu-jitsu Brasileiro sob as asas e bençãos de OSWALDO BAPTISTA FADDA e HÉLIO GRACIE a primeira disputa que marcava o nascimento do JIU-JITSU BRASILEIRO. Pois neste dia, os principais representantes desta  arte marcial oriental desenvolvida no Brasil, ratificaram que os ensinamentos dos diversos japoneses que aqui estiveram, em especial, Conde Koma - Mitsuyo Maeda, foram verdadeiramente aprimorados. Demostraram entre sí que os conhecimentos foram absorvidos e tecnicamente adaptados pelos 40 atletas naquele dia.

Por motivos alheios, das 20, foram realizadas em torno de 14 lutas, ainda que as 07 vitórias no combate fosse da Academia Gracie, o grande campeão Hélio Gracie surpreendeu-se com o número de 04 empates e 03 derrotas, que na companhia de seu irmão Jorge Gracie, que atuava como cronometrista, reconheceram o desempenho técnico de seus adversários. (Fonte: Diário da Noite - Segunda 24/01/1955).

Humildemente Hélio Gracie cumprimentou-os pela demonstração de tão inesperada proficiência técnica (chaves de pé, perna, mão de vaca e primoroso jogo no alto). O que mais sobressaiu no desafio foi uma finalização espetacular de José Guimarães (Fadda) que deixou  um dos alunos Gracie (Leônidas) desacordado.

Nesta data os Faddas receberam a alcunha de "Sapateiros" já que as técnicas de chaves de membros inferiores deixaram sua marca. Por ironia do destino, um dos atletas de Fadda (Aderbal Baptista) realmente tinha a profissão de sapateiro e passou a usar como bandeira nas competições, além da Fadda, o nome da Associação de Sapateiros, sindicato que fazia parte, como forma de destacar suas origens e conteúdo diferenciado (obs.: durante muitos anos as técnicas de chaves de pé foram banidas das competições devido ao histórico precedente).  

   O resultado final do desafío notóriamente favoreceu o reconhecimento dos outrora desconhecidos FADDAs. A partir deste histórico confronto esportivo de Jiu-Jitsu brasileiro, os desafios entre alunos Gracies e Faddas eram os destaques das preliminares e comuns em todos os eventos públicos, chegando a colocar alunos Faddas a disposição da academia Gracie (Fonte: Luta Democrática - 28/12/1956).

Helio Gracie e Oswaldo Fadda ombrearam para o desenvolvimento do esporte e estudavam novos movimentos aprimorando-os e consolidando o recém nascido JIU-JITSU BRASILEIRO. Academias Faddas passaram a existir mais frequentemente na cidade, expandindo-se para Zona  Oeste, aumentando o circulo da Zona Norte para Baixada Fluminense e interior do estado, região que a Gracie não alcançava. Nesta época não haviam órgãos reguladores de Jiu-jitsu, e todos os atletas inscreviam-se na Federação de Pugilismo como forma de estarem ao menos registrados em alguma entidade afim.

Oswaldo Fadda sempre esteve presente nos atos mais celebres da construção da arte, junto a muitos de seus alunos e representantes da família  Gracie foram pilares fundamentais para fundação da FEDERAÇÃO DE JIU-JITSU DA GUANABARA, fundou a Associação Guanabarina de Jiu-jitsu e também Associação Suburbana de Jiu-Jitsu. Junto a família Gracie foi atuante na fundação da FJJRio - Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Rio de Janeiro, órgão mais antigo reconhecido e historicamente referenciado na cultura do Jiu-Jitsu Brasileiro. Seguindo essa iniciativa, em Minas Gerais fora fundada entidades que seguiram a mesma iniciativa, e no Rio de Janeiro destacou-se a Liga Niteroiense de Jiu-Jitsu - LINJJI, atual LERJJI e FERJJI dirigida pelo fenomenal casal Silvio Pereira e Marlene. Com apoio de todas as academias  de Jiu-jitsu do RJ, colaboraram com os primeiros Campeonatos Suburbanos, dentre outras fortaleceram as colunas do Jiu-Jitsu, dando seguimento as entidades Confederativas, Federativas em outros estados e enfim Internacionais. Destacamos também um personagem fundamental que serviu de elo entre a Fadda e a Gracie para criação de entidades fortes e sólidas, falamos de MONIR SALOMÃO DAVID, aluno de Fadda que ativamente atuou na estabiliação das entidades e relacionamento entre Faddas e Gracies.

A amizade e respeito entre a família Gracie e Fadda antecedia o desafio Fadda x Gracie, e foi demonstrado quando Humberto Fadda, irmão de Oswaldo Fadda,  dedicou o nome de seu primeiro e único filho ao professor Hélio Gracie, a maior prova de respeito e admiração: TELEGRAMA - "Em honra a um grande campeão meu filho se chamará HÉLIO". O professor  Hélio Gracie muito agradeceu a homenagem e ratificou a estima pela família. Fadda promoveu um herdeiro que marcava a fidelidade das famílias ao jiu-jitsu (HÈLIO + FADDA). Graças ao desafio Fadda e Gracie é que pudemos registrar a criação do Jiu-Jitsu Brasileiro em 1955, entretanto, nunca houve uma luta entre Fadda e Hélio, ambos tinham plena noção que tal feito poderia comprometer as bases da implantação da modalidade, por este motivo procuravam desenvolver seus alunos  e os colocarem a prova em competições, desta forma surgiam técnicas novas e o jiu-jitsu brasileiro se desenvolvia a passos largos. O gesto de respeito e amizade destes dois seguimentos se refletem até hoje, em que na Academia Fadda, a foto de Helio Gracie e de Oswaldo Fadda com idades avançadas, abraçados, ombro a ombro, portando suas faixas vermehas, são o destaque principal no centro da academia, mantida e referenciada por todos que reconhecem as origens do jiu-jitsu brasileiro. Devido a grande importância e feitos históricos, Oswaldo Fadda foi o único não Gracie, junto aos irmãos Gracie Fundadores, que recebeu o título de Grande Mestre Faixa Vermelha - 9º Grau quando tal título foi criado.

Muitos são os descendentes Fadda no Brasil e no mundo, mas academia FADDA somente há uma, em Bento Ribeiro / RJ, é sediado o templo do Jiu-Jitsu Brasileiro FADDA servindo como base de estudos e reuniões de todos os praticantes da linhagem. Registra-se atualmente um único descendente genético Fadda no grau de Grande Mestre, este dirige atualmente a Academia Fadda e é um dos poucos Mestres diplomados e reconhecido em todas as Federações e Confederações como Faixa Vermelha 9º Grau - Grande Mestre de Jiu-Jitsu, previamente supracitado HÉLIO FADDA. Baseados em calculos, talvez Hélio Fadda seja o último herdeiro geneticamente Fadda a alcançar o grau de GRANDE MESTRE sendo aluno da Academia FADDA.

(Fontes Bibliográficas: Endurance - A vida e Morte do Jiu-Jitsu)

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... Quero deixar claro que estas minhas palavras não tem o propósito de diminuir em nada aqueles senhores, em absolutamente! Refiro-me apenas ao mito que existia, o qual os Gracies ou seus alunos eram invencíveis...

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Sobre os  futuros professores e mestres do Jiu-Jitsu:
... Para o exercício deste magistério, isto é, ser um bom professor de Jiu-Jitsu, devo esclarecer que não é necessário ter Curso Superior ou equivalente, nem ser um analista, psicanalista. O importante é ser HONESTO em seus propósitos e ter SENSO de RIDÍCULO!
Oswaldo Baptista Fadda

        1974 - CAMPEONATO SUBURBANO DE JIU-JITSU - Oswaldo Fadda realizou junto aos amigos e alunos discípulos: Chandú, Humberto Fadda, Monir Salomão, Orivaldo, Aderbal Batista, Jacê Paulino, Jonas, Wander, Itaboraí, Sebastião Ricardo, Hidelbrando, Walter Nogueira, Plínio Dutra, Eugênio Corrêa, Olindo de Souza, José Coutinho, Ovídio Dias, João Carlos, Arnaldo Portela, Edmar Araújo, o 1º Campeonado Suburbano de Jiu-Jitsu no Clube Florença em Vila Cosmos. Este evento ratificou a criação da ASSOCIAÇÃO GUANABARINA DE JIU-ITSU com todo suporte e apoio do Grande Mestre Hélio Gracie e Elcio Leal com a FEDERAÇÃO DE JIU-JITSU DA GUANABARA. Pessoalmente Helio Gracie e Oswaldo Fadda deram inicio a um dos mais renomados circuitos de campeonatos de lutas da época. Participaram de todas as edições deste evento, destacando-se como academias suburbanas da linhagem Fadda de JIu-Jitsu as equipes: Ac. FADDA, Ori, Batista, Monir, Jacê, Jonas, Plínio, Demétrio, GRESE, Wander, Melo, Ninja, Salesiano, Garra, Oscar, Oriente, AEPA, Stª. Luzia entre outras não registradas. Ressaltamos a matéria que consta algumas figuras emblemáticas do Jiu-Jitsu Fadda que nas idades de 09, 10, 11 e 12 anos de idade, destacavam-se nos combates;  Faixa Amarela 8 anos: Claudio Luna (Claudão), Alexandre Gonçalves (PH) / Faixa Amarela 9 anos: Julio Cesar (GFTeam) / Faixa Amarela 13 anos: Osmani Muniz / Faixa Laranja 13 anos: Rodolpho Valentino, Sergio Ferreira (atuais Mestres na Fadda) / Faixa Verde 13 anos: Laerte Barcellos, Carlos Alberto Beto / Faixa Laranja 14 anos: Valdek Cabral, Renato da Silva dentre outros que as manchetes não publicaram. Muitos destes atletas são reconhecidos na atualidade e fortaleceram as colunas do JIU-JITSU SUBURBANO.

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... A Deus, aos meus pais, ao meu esforço, aos alunos e amigos que tantas vitórias e alegrias me proporcionaram. Com especial carinho a repórter Carmem Hipólito Passos Duarte e ao Professor Ovídio Dias de Oliveira...

                                                                                                                          Alexandre de Souza Neves

Alexandre de Souza Neves - MESTRE CHANDÚ: 

         Nasceu em 13/10/1922, no bairro de Bento Ribeiro, Rio de Janeiro, onde morou durante toda sua vida. Iniciou sua carreira no Jiu-Jitsu em 1947 após destacar-se nas fileiras da FEB como combatente da 2ª Guerra Mundial na Itália. Foi um dos primeiros alunos e professor, junto a Humberto, descendente de Oswaldo Fadda. A bem da verdade, a academia Fadda deve seu nascimento, graças à iniciativa de Chandú, que ofereceu um espaço em sua casa para começar as primeiras aulas de  Oswaldo (Rua Papari 126), posteriormente Chandú convidou-o para juntos abrirem uma Academia. Foram várias as tentativas e endereços até que a visão e tentativas se solidificam na atual academia Fadda de Bento Ribeiro (Rua João Vicente, 1.191 - Bento Ribeiro). Chandú, sempre atuou como destacado professor e amigo de seus alunos, na realização do primeiro Campeonato Carioca de Jiu-Jitsu, organizado pela Fadda em 1952, sagrou-se campeão após um magnífico combate contra o japonês Matú Sanaga.     Chandú fora reconhecido por todos os membros da comunidade do Jiu-Jitsu como valoroso representante da arte, e em seu bairro era muito querido. Até hoje ressalta-se na região os feitos do Mestre Chandú prendendo ladrões, cuidando dos mais necessitados e preservando os conceitos de disciplina e respeito sobre seus alunos. Atualmente a Academia Fadda de Bento Ribeiro, destaca Chandú como tão importante quanto o próprio Mestre Fadda, sendo este referenciado em todas as academias representantes no Brasil e no exterior. Na verdade se não fosse o Chandú, talvez o Jiu-Jitsu Fadda não tivesse tomado essa proporção, nem tão pouco existisse Academia FADDA. Por isso destacamos CHANDÚ como igualmente importante como FADDA.

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Humberto Batista Fadda.:  Nasceu em 19/05/1915, na Rua Gita, no bairro de Bento Ribeiro, Rio de Janeiro. Iniciou sua carreira como militar do exercito brasileiro atuando na cavalaria, chegou, aos 42 anos entrou para reserva como Capitão, em que alguns anos antes, 1947, junto com seu amigo Chandú iniciara o Jiu-Jitsu. Foi um dos primeiros alunos e professor, junto ao Chandú, descendente de Oswaldo Fadda, a diferença é que Humberto era o irmão mais velho de Oswaldo e juntos através da iniciativa e apoio de Chandú inciaram a academia em um espaço cedido por Chandú em sua casa para começar (Rua Papari 126), posteriormente Chandú convidou-os para juntos abrirem uma Academia em Bento e Ribeiro e Humberto abrira primeira e única filial Fadda em 1960 no bairro de Cascadura, Av. Suburbana nº10.003, onde até 1982 permaneceu. Em 2007, 02 anos depois do falecimento de seu irmão e Mestre Oswaldo Fadda, nos deixa também o Mestre Humberto Fadda aos 92 anos. Durante toda sua história de vida, poucos são os relatos deste precursor do Jiu-Jitsu Fadda junto ao Mestre Chandú, mas sua história continua através da herança vida destacada na atual Academia Fadda de Bento Ribeiro.

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... Em honra a um grande campeão, meu filho se chamará Hélio! ...

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Hélio Batista Fadda:  Nasceu em 31/07/1948 no Rio de Janeiro e cresceu dentro dos tatames de Bento Ribeiro, menino muito bagunceiro, amarrava as calças, meias e faixas do tio Oswaldo, Chandú e Jacê Paulino e se escondia para ver os resultados, junto a outras crianças pegava o carrinho de rolimã que Torpedo usava para se locomover e brincava de empurrar... Chandú por muitas vezes dava um corretivo, mas Helinho era impossível. Aos 14 anos, seu pai Humberto, tirou-o da turma de crianças e o passou para os adultos. Dizia ele: "Você tá de traquinagem de mais! Vai agora treinar com adultos pra ver se toma responsabilidade!". Realmente a atitude refletiu bem. Por volta dos seus 16 anos, influenciado pelo eterno paraquedista militar AMAURY GUARILHA, alistou-se e formou-se Paraquedista Militar. Nessa época já tinha sua própria turma de alunos adultos e levado pelo Tio Oswaldo a Rede Globo de Televisão, representava o Jiu-Jitsu em desafios no programa "Capitão Furacão" lutando com os mais diversos lutadores com um prêmio em dinheiro ao vencedor. Aos 19 anos, por determinação de seu tio Oswaldo Fadda, ingressou na faculdade de Educação Física UGF. Dizia Oswaldo que no futuro, tal formação acadêmica seria fundamental para o progresso do Jiu-Jitsu Fadda. Hoje Hélio Fadda é o Grande Mestre genealogicamente representante da Equipe Fadda BJJ , e lembra com carinho os momentos que junto ao pai Humberto na Academia Fadda Cascadura, seu tio Oswaldo em Bento Ribeiro e Chandú, levavam o nome a todos os lugares do Brasil. O nome FADDA é divulgado em todo o mundo através de seus seguidores, alunos e amigos. Helio Santos Fadda (Xuxo) e Bruno Batista Fadda, netos de Humberto e filhos do Mestre Hélio Fadda. Destacamos o nobre membro Renan Fadda, neto de Oswaldo Fadda que é um dos herdeiros mais novos. Na memoria o irmão de Oswaldo e Humberto Fadda, amigo Historiador, escritor e artista plástico Guilherme Fadda. Este foi responsável por livros e símbolos Fadda. Nesta trilha também, o outro filho de Oswaldo Fadda, conhecido como Oswaldinho ou Vavá, muito estimado por todos, em especial pelo Mestre Hélio Fadda, que ressalta o profundo apreço ao primo Vavá.

       A Academia Fadda, ainda no mesmo endereço, é uma das mais conceituadas na história do Jiu-Jitsu por essas origens, entretanto, pouco conhecida e divulgada. Helio Fadda administra as unidades EFBJJ em todo território nacional, em especial, no Rio de Janeiro, em que a Base, ainda é a Academia Fadda original de Bento Ribeiro, ministrando seminários, palestras e aulas técnicas com registro na Confederações e Federações mais conceituadas e reconhecidas. Sempre incentivando a todos amigos e interessados em conhecer o FADDA JIU-JITSU com nossos seguimentos, Hélio Fadda, Xuxo e Renan são heranças vivas das técnicas originais do Jiu-Jitsu Fadda, e as mais nobres representações vivas genealógicas deste estilo de Jiu-Jitsu Brasileiro. Através da Academia Fadda, segue a admiração a todos os SEGUIDORES DO MESTRE FADDA que fazem parte desta fabulosa história das artes marciais brasileiras. Hélio Fadda é muito preocupado com a estabilidade e futuro do nome da família, por isso seus atletas e professores seguem uma rígida disciplina de registros e legalizações nas mais conceituadas instituições do BJJ, não permitindo que seus faixas pretas sejam simplesmente meros portadores de um cinturão, mas seguindo o exemplo do Mestre FADDA, que tenham em seu currículo repleto de qualificações técnicas e acadêmicas, desenvolvendo  todos os seguimentos da área da saúde e da educação. O Grande Mestre Hélio Fadda é responsável pelo desenvolvimento técnico e acadêmico do Jiu-Jitsu Militar da Marinha praticado no PROFESP da Marinha no CIAMPA através do Prof. Alexandre Paiva.

A Fadda e o predio histórico retornou suas atividades alguns anos após a morte do mestre Chandú. Em 2015 Helio Fadda e Paiva ao passarem a frente do velho prédio decidiram investir e reformar a estrutura e novamente acender a chama do Jiu-Jitsu Fadda de Bento Ribeiro. No final de 2016 a academia estava pronta e em 2017 foi aberta as atividades do jiu-jitsu Clássico e social . Atualmente Helinho Fadda é o Mestre da Academia seguido diretamente pelo amigo Alexandre Paiva que foi a base de todo retorno no nome e da academia. Junto ao Helinho Fadda escreveram 04 livros que formam a série literária "ENDURANCE" - Avida e morte do Jiu-Jitsu, em obras físicas na Feira Bienal no Livro e também em audio books no You Tube.

... Jiu-Jitsu pra mim é tudo! Me deu saúde, alegria... Eu não me vejo de outra forma se não parte desta história ...

 

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Sobre os Primeiros FADDAs do legado:

... Dedico esse trabalho a TODOS que direta ou indiretamente trabalham, praticam, divulgam e defendem o JIU-JITSU em todo Brasil.

Oswaldo Baptista Fadda

* Destaque aos primeiros Professores Diretores da história FADDA: Chandú - Ovídio - Rosa - Hélio

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DOIS ESTILOS BRASILEIROS:

FADDA

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GRACIE

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Sobre o futuro do Jiu-Jitsu:

... Nesse trabalho que foi feito e continuará a ser, quer seja de anônimos, dos FADDAs, ou GRACIEs, importante é que, em momento algum, deixaram ou deixarão de comungar e darem as mãos pelos mesmos ideais...

Oswaldo Baptista Fadda

... O Desafio! A nobreza de dois verdadeiros Grandes Mestres!

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...Era preciso existir um Fadda para saber que o Jiu-Jitsu não é um privilégio só dos Gracies!
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Sobre o Espírito do Jiu-Jitsu:

* Aquele que pratica, não se aperfeiçoa para lutar. Mas luta para aperfeiçoar!

* Conhecer-se é dominar, é triunfar!

* O bom praticante possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinaram. Paciência para ensinar e Fé para acreditar naquilo que não compreende!

* Quem pensa em perder, já está vencido!

* Só se aproxima da perfeição, aquele que procura com constância e sabedoria a humildade.

* Quando verificardes com tristeza que não sabes nada, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.

* Nunca te orgulhes de ter vencido o adversário, pois este poderá derrota-lo amanhã. A única vitória que vale é a contra a tua própria ignorância.

* A fraqueza é suscetível, a ignorância é rancorosa, o saber é a força das compreensões. O sábio perdoa!

* O corpo é uma arma que depende da precisão de quem usa a inteligência.

* A vontade é o troféu da vitória!

* Vencer fácil, não! Difícil é triunfar sem glória.

* Aquele que decide parar até que as coisas melhorem, verificará que aquele que não parou estará inalcançavelmente distante.

Oswaldo Baptista Fadda

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DESAFIOS DE FADDA NO CAPITÃO FURACÃO - 1965

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HOMENAGEM A PIETRO MÁRIO

"CAPITÃO FURACÃO"

Morre em setembro de 2020 aos 81 anos o interprete do personagem "Capitão Furacão" que junto ao Fadda em 1965 inaugurou a TV Globo. Fadda realizava demonstrações de lutas e combates na TV com premiação aos que conseguissem vencer um atleta da Academia Fadda. A Academia Fadda é sempre muito grata a este amigo "Pietro Mario" pela oportunidade e carinho que sempre demonstrou aos Faddas.

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O Campeão de Boxe BALTAZAR CARDOSO um dos primeiros professores de  Fadda que iniciou suas lutas no Boxe, inaugurando a Academia Fadda de Cascadura comandada por Humberto Fadda e Hélio Fadda.

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Sebastião Ricardo, Humerto Fadda, Oswaldo Fadda Hidelbrando Coca-Cola, Helio Fadda e  Demétrio Garcia

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